Este blog tem por finalidade promover a discussão, troca de experiências e suporte para os professores de História da Rede Municipal de São Vicente e demais interessados.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Como utilizar "O Príncipe do Egito" para explicar as origens das religões

Pesquisando atividades relacionadas com filmes encontrei um bom plano de aula disponível no site da Revista Nova Escola, e que pode ser útil na abordagem do conteúdo aproximando os alunos a linguagem do cinema.

Esta história bíblica, que se passa no Egito antigo, narra omito de Moisés. Temendo o crescimento da população hebreia e a consequente ameaça ao seu poder, o faraó Setidecide que todos os meninos hebreus deveriam ser afogados. Desesperada, uma mulher abandona seu filho num rio, dentro de um cesto. A criança é encontrada pela rainha, que a cria como irmã do herdeiro Ramsés. Quando se torna adulto, Moisés descobre que é hebreu e decide libertar seu povo da escravidão.

Objetivos
Conhecer a organização social da Antiguidade, em que os hebreus eram o povo dominado pelos egípcios. Discutir as diferenças entre as sociedades politeístas e monoteístas.

Conteúdos
Egito antigo, religiões politeístas e monoteístas.

Trechos selecionados Aquele em que a mãe hebreia deixa o filho no rio (3m10 a 7m45s), o momento em que Moisés descobre que é hebreu e foge do palácio (19m06s a 33m16s), cena em que ele retorna ao Egito e conversa com o irmão adotivo Ramsés (50m50s a 59m2s1) e quando abre o mar Vermelho (1h22m18s a 1h31m26s).

Atividade Exiba o filme. Explique as diferenças entre a religião dos egípcios e a dos hebreus. A principal delas é que os egípcios eram politeístas, e os hebreus, monoteístas. Pergunte aos alunos se sabem quem são os hebreus e esclareça que hoje são chamados de judeus. Explique que o deus hebreu se manifesta por meio de fenômenos da natureza, não tem forma definida e não pode ser representado com imagens, diferentemente do que ocorre com os deuses egípcios. Mostre para a turma ilustrações desses deuses - representados como humanos, metade humano e metade animal, ou apenas como animais. Peça uma pesquisa sobre a organização social no Egito antigo que inclua a função religiosa da pirâmide. Ela será a base de um seminário.
Elaborada pela Professora Thaísa Novaes de Senne e apresentada no site da Revista Nova Escola.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Como explorar o Império Romano com "Gladiador"


Neste filme, vencedor de cinco Oscar, incluindo melhor filme e melhor ator, Russell Crowe vive Maximus, o maior general do Exército romano. Em 180 d.C., o imperador Marcus Aurelius morre na frente de batalha, dando lugar a seu filho Commodus. Maximus era o favorito do imperador à sucessão, o que leva Commodus a mandar matá-lo para garantir o trono.

Objetivo
Conhecer a sociedade romana, os grupos sociais mais abastados, que dominavam a política, o exército e os povos escravos.

Conteúdo
História antiga e sociedade romana.

Trechos selecionados
O início, que apresenta o acampamento de batalha, que retrata a vestimenta do Exército romano (2m10s a 17m30s), cenas em que Maximus está entre os escravos e começa a se destacar como  gladiador (46m01s a 58m29s) e o trecho final, em que ele luta no Coliseu (2h15m27s a 2h28m15s).

Atividade
Diga que a turma irá assistir a trechos de Gladiador e explique que o filme se passa no século 2, na Roma antiga. Depois da exibição, pergunte o que os alunos sabem dizer sobre a sociedade romana dessa época. Anote as ideias apresentadas. Peça que, em grupos, realizem uma pesquisa sobre o tema, explicitando as características e o papel de governantes, do Exército e do povo. Organize um debate entre as equipes. Atribua funções específicas para cada aluno (quem fará as perguntas, quem responderá e quem será o relator). É interessante discutir a função do gladiador na sociedade romana e a política de "pão e circo". Pergunte se reconhecem hoje em dia políticas semelhantes a essa e sistematize no quadro as informações.


Plano de aula elaborado pelo Professor Juliano Custódio Sobrinho
professor da Universidade Nove de Julho (Uninove) para a Revista Nova Escola.

domingo, 11 de setembro de 2011

Curso - Ruínas Engenho São Jorge dos Erasmos

Senhores (as) Professores (as),

As Ruínas Engenho São Jorge dos Erasmos - Base Avançada de Cultura e Extensão da USP, em Santos, convida a todos a participar da 2ª edição do curso de difusão: Memórias do Açúcar – histórias, vivências e receitas, que será ministrado aos sábados (10, 17 e 24 de Setembro), das 15 às 17hs, no auditório das Ruínas, localizado à Rua Alan Ciber Pinto, nº 96, Vila São Jorge, Zona Noroeste de Santos.

Com uma dinâmica interativa, o curso traz curiosidades e discussões pertinentes à prática profissional e à vivência dos alunos e professores. Por isso, encaminhamos este convite para que seja divulgado junto ao corpo docente e discente do curso, ressaltando que os participantes receberão certificado emitido pela USP.
Inscrições gratuitas e limitadas pelo telefone: (13) 3203-3901.
 
 

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Ciclo de Palestras - 2ª Semana do Patrimônio Histórico Vicentino

A disposição das palestras ocorrerá da seguinte forma:

9h - Abertura dos trabalhos.

9h30 - Palestra com o Arqueólogo Professor Doutor Manoel Mateus Gonzalez (Nupec/Cerpa) - Projeto Arqueológico Porto das Naus.

10h - Palestra com a Professora Doutora Lúcia Amaral Ferlini (USP/Engenho dos Erasmos) - "Ruínas São Jorge dos Erasmos - História, arqueologia e patrimônio".

10h30 às 11h30 - Debate.

12h às 14h - Pausa para o almoço.

14h - Retorno das atividades.

14h30 - Palestra com o Historiador Marcos Atanásio Braga (Casa Martim Afonso) - "São Vicente do século XVI ao XVIII".

15h - Palestra com o Arquiteto Victor Hugo Mori (IPHAN) - "Arqueologia e restauro".

15h30 às 16h30 - Debate.

17h - Encerramento.

2ª Semana do Patrimônio Histórico Vicentino

Professores,

Confiram a agenda da 2ª Semana do Patrimônio Histórico Vicentino e prestigem os eventos acerca da nossa história.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

A Revolução Francesa

    A Revolução Francesa é considerada o mais importante acontecimento da história contemporânea. Inspirada pelos ideais iluministas, a sublevação de lema "Liberdade, Igualdade, Fraternidade" ecoou em todo mundo, pondo abaixo regimes absolutistas e ascendendo os valores burgueses.

    Mediante a dificuldade dos alunos em compreender esta temática histórica, fica a sugestão de se trabalhar um documentário da History Channel sobre a Revolução Francesa (dividido em 14 partes) e disponibilizado no youtube.

Primeira Parte:

terça-feira, 31 de maio de 2011

Atividade de História - industrialização

Propor o desenvolvimento desta atividade em dupla ou grupo de no máximo quatro alunos. 
O objetivo é fazer com que os alunos pesquisem em jornais e revistas e consigam obter informações sobre um tema específico, no caso, indústria brasileira. 
Esta atividade consiste na coleta de reportagens nos meios de comunicação (escrita), na associação com os fatos históricos e na montagem de um arquivo com a elaboração de uma conclusão. Caso seja necessário, passe uma bibliografia de apoio para os grupos.
Construção de um arquivo de reportagens com recortes de jornais e revistas.

Etapas
1) Coletar cerca de dez reportagens sobre temas referentes à industrialização brasileira.
2) Fazer um pequeno resumo de cada reportagem.
3) Fazer uma conclusão sobre o tema geral das reportagens.
4) Associar as reportagens com o início da industrialização do Brasil, focar os recursos provenientes da expansão cafeeira.
5) Montar um linha do tempo enfocando a industrialização brasileira.
6) Elaborar um texto abordando um breve contexto histórico das indústrias no Brasil e na região Sudeste.
7) Fazer um levantamento das indústrias mais relevantes na Baixada Santista e no município de São Vicente.
8) Organizar as informações e apresentar para a sala.
9) Promover um debate sobre os pontos mais importantes de cada trabalho.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Aprendendo História com palavras cruzadas

   Observei durante minhas visitas no mês de maio nas U.E.s que alguns professores de História tem procurado trabalhar com palavras cruzadas, caça-palavras e criptogramas.
   Deste modo, andei pesquisando e encontrei uma atividade muito enriquecedora, que além de desenvolver a atividade em sí, estimula os alunos a criarem suas próprias atividades e socializarem para sala promovendo novas atividades.
   Sendo assim, diponibilizo o material pesquisado com vocês.

"Fazer palavras cruzadas é um dos passatempos mais comuns quando estou de férias, curtindo alguns dias na praia. É divertimento dos mais práticos, pois podemos carregar facilmente as revistas e uma caneta (ou lápis) para tudo quanto é lado sem que isso onere ou dificulte demais nosso trânsito. Além disso, quando todos tiram um cochilo à tarde ou estão jogando baralho e não há uma vaga na partida para um de nós, lá estão as cruzadas disponíveis para matar um tempinho.

O melhor de tudo é que, comprovadamente os passatempos contidos em revistas de palavras cruzadas ajudam a aprimorar o vocabulário, estimulam a atenção e a concentração e, de quebra, divertem muito quem os faz.

Sempre acreditei que para efetivar a educação seria necessário atrelar o trabalho em sala de aula a atividades prazerosas, daquelas bem gostosas, que integram a turma, exigem esforço e tem como recompensa uma enorme satisfação relacionada ao objetivo atingido. Boas lembranças como aquelas das férias e do tempo divertido gasto com as palavras cruzadas despertaram então a possibilidade de “cruzar” os caminhos das salas de aula com os passatempos contidos nas revistas de palavras cruzadas.

Foi daí que surgiu a proposta de realizar atividades em aula em que os estudantes tivessem que produzir suas próprias palavras cruzadas, caça-palavras e criptogramas.

O projeto foi então desenvolvido com turmas do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. O melhor de tudo foi à receptividade dos alunos e a forma decidida como encararam o desafio. Uma vez definida a forma como atuaríamos e o que deveríamos fazer, as duplas formadas iniciaram um rigoroso trabalho de prospecção de material para a composição dos passatempos.

Atividades como caça-palavras e criptogramas estimulam a atenção,
a concentração, o vocabulário e, além de tudo isso, divertem.

Essa era, inclusive, a demanda inicial:- selecionar idéias, palavras, personagens, acontecimentos e conceitos que pudessem virar parte da brincadeira. Acredito que a noção lúdica atrelada ao projeto levou os estudantes a partir com ímpeto para sua realização. Era o tal prazer que eu havia mencionado anteriormente que funcionava como motor de mais uma realização dos grupos.

Cada uma das turmas tinha pela frente temas diferentes da história a trabalhar. Tendo os temas definidos, cada dupla tinha que buscar as palavras que poderiam ser encaixadas em seu passatempo (a propósito, uma vez que tínhamos o tema e estabelecemos que o projeto seria realizado por duplas, fizemos um sorteio através do qual se definiu para cada grupo formado um dos formatos de passatempos propostos para essa atividade, ou sejam: palavras cruzadas, caça-palavras e criptogramas).

Foi necessário que explicássemos a proposta e os modelos de passatempos que seriam usados, especialmente os criptogramas, desconhecidos da maioria dos estudantes e que, uma vez visualizados através de exemplos tirados das próprias revistas de palavras cruzadas, foram facilmente entendidos.

Temas como o Absolutismo de Luís XIV, a Guerra dos Farrapos ou a Revolução Russa
de outubro de 1917 foram transformadas pelos estudantes em intrincadas
palavras cruzadas, caça-palavras ou criptogramas.

As palavras selecionadas eram então encaixadas em criptogramas, palavras cruzadas ou caça-palavras. Então passava a ser necessário que os grupos criassem textos, perguntas ou frases incompletas (com espaços a preencher) onde se encaixassem os termos selecionados para o passatempo para que as pessoas que os realizassem soubessem o que deveriam procurar nos caça-palavras ou como deveriam preencher as cruzadas e os criptogramas.

Durante todo esse percurso percorrido pelos estudantes foi necessário que os mesmos lessem e relessem o texto base da atividade (retirado dos próprios fascículos ou apostilas utilizados em aulas). Foi fundamental também que ocorresse uma criteriosa escolha de palavras para a composição das atividades já que as mesmas deveriam ser suficientemente significativas ou relevantes para que os outros alunos, quando realizassem o passatempo, pudessem lembrar-se ou saber a respeito das mesmas.

A composição visual dos passatempos também deu bastante trabalho para os estudantes. Perceberam com isso que a produção de um passatempo leva mais tempo que supunham a princípio e, de quebra, que deve ser realizada em etapas que pressupõem pesquisas, diagramação, elaboração de textos ou perguntas, averiguação dos quadradinhos e do posicionamento das palavras, composição visual da atividade e alguns outros detalhes a mais a serem acertados para que tudo fique o mais perfeito possível.
 
Ao final da atividade, os estudantes trocaram as atividades e tinham que resolver aquelas que haviam sido criadas por seus colegas. Nesse intercâmbio fiz com que aqueles que haviam criado cruzadas fizessem criptogramas ou caça-palavras, que tivesse produzido criptogramas teria que realizar caça-palavras ou palavras-cruzadas e que os produtores de caça-palavras fizessem cruzadas ou criptogramas.

A utilização de jogos em sala de aula pode ajudar a direcionar a atenção dos estudantes
para os temas estudados. Propor aos alunos que produzam seus próprios jogos
torna a atividade prazerosa e efetiva à aprendizagem com maior facilidade.

Logo alguns descobriram pequenos erros de diagramação, colunas em que faltavam letras; a maioria teve alguma dificuldade para realizar já que a forma como haviam proposto as questões ou o modelo de passatempo produzido pelos colegas era diferente daquele que haviam feito; apesar disso, todos se divertiram e disseram ter aprendido muito com a atividade.

Nesse sentido, como forma de conferir se o aprendizado havia se efetivado fizemos o fechamento da atividade com uma revisão dos pontos principais de cada um dos assuntos tratados pelas diferentes turmas. Para tanto o ponto de partida para as explicações eram as palavras selecionadas para os passatempos.

Por exemplo, no caso da turma do 2º Ano, termos como bolcheviques, mencheviques, Czarismo, socialismo ou personagens como Lênin, Trotsky e Stálin, destacados nas palavras cruzadas, criptogramas ou caça-palavras foram o mote para as explicações sobre a Revolução Russa. Tudo ficou muito mais fácil, pois os estudantes já sabiam quem eram os principais participantes da revolução, os objetivos dos revolucionários, as facções envolvidas na luta, os principais momentos da luta dos socialistas,...

E o melhor de tudo é que aprendemos, nos divertimos, trabalhamos com formatos alternativos, desenvolvemos nossa criatividade, pesquisamos..."

(adaptado do site planeta educação, postado pelo professor João Luís de Almeida Machado)

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Atividades práticas de História

Bom dia,


Pesquisando algumas atividades para as aulas de História, encontrei atividades práticas simples e bem interessantes para trabalhar com os alunos de 6ºs anos.


1- História de Família

O aluno deverá trazer de casa algum objeto antigo da sua família, podendo ser uma carta, uma fotografia, um adorno, um documento ofical, etc e agindo como historiador deverá extrair informações do objeto (quem o fez, quem o usava, quando foi feito, para que servia).
-> Pelos relatos que li, a atividade proporcionou momentos interessantes que serviram de ponto de partida para o debate de diversos temas.

2- Capa Histórica

A partir do conteúdo que será desenvolvido no bimestre o aluno deve criar uma capa artística para o início do bimestre, através de mosaico, bricolagem, palavras, etc deixando assim um registro próprio do assunto que será desenvolvido no bimestre.
-> Nesta atividade o trabalho interdisciplinar com Arte não está descartado. Incentivar os alunos para essa atividade pode render resultados maravilhosos, trabalhando a pesquisa e a criatividade.

3- Trabalhando com Jornal

Após o estudo sobre o tema proposto, o professor instiga os alunos a debaterem o legado do tema que foi estudado para os dias atuais. Sendo que, os alunos após esse exercício de reflexão e análise devem procurar em jornais atuais matérias que se relacionam ou fazem alusão ao tema estudado.
-> Como resultado os alunos irão trazer suas reportagens e falar sobre a relação que foi feita entre o tema estudado e o fato encontrado nos dias atuais.

Adaptado do site do Colégio Franciscano.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

O contexto do 22 de Abril - "Descobrimento do Brasil"

Disponibilizo duas apresentações de power point para auxiliar na abordagem do tema, possibilitando a explanação,  questionamento e reflexão do conteúdo a ser trabalhado.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Índios do Brasil

    Embora o conhecimento escolar sobre os índios seja relativamente valorizado e faça parte dos programas escolares desde as primeiras séries do ensino fundamental, a discussão sobre a população indígena na época do descobrimento é, de modo geral, restrita.

    Dificilmente os índios são estudados como protagonistas de sua história e não como um grupo social antagonista da conquista portuguesa e constituído apenas no momento da colonização.

    Dentro deste contexto, disponibilizo dois vídeos para serem problematizados com os alunos, buscando uma discussão das abordagens feitas sobre o tema e refletindo a respeito da importância dos povos indígenas para a história, sociedade e cultura brasileira.

    O primeiro é um clipe montado sobre a música de Jorge Ben Jor "Curumim chama Cunhatã", que indaga a falta de valorização do indígena e de sua cultura.
   
    O segundo faz parte de uma série "Índios no Brasil" que apresenta quem são e como vivem os indígenas no Brasil atual, tomando como foco a relação deles com os outros brasileiros.






quinta-feira, 14 de abril de 2011

Civilizações Antigas

Objetivo
Compreender o surgimento do Estado como uma necessidade de organização social humana nas antigas sociedades orientais.

Material necessário
Textos sobre o Egito antigo, a Mesopotâmia e a civilização chinesa disponíveis em sites, livros didáticos, revistas e jornais. Mapa-múndi, dicionário, tesoura, cola branca, cartolina e canetinhas.

Proposta

- Inicie avaliando os conhecimentos dos estudantes sobre o conceito de civilização. Com eles, procure no dicionário a definição do termo. Pergunte: onde teriam surgido as primeiras civilizações?

- Em seguida, mostre num mapa-múndi que elas se estabeleceram ao longo de rios, como o Nilo, o Tigre, o Eufrates, o Jordão e o Amarelo. Por que isso teria ocorrido?

- Anote as hipóteses da turma no quadro e distribua textos sobre as civilizações egípcia, mesopotâmica e chinesa. Discuta as ideias principais e peça aos alunos registrarem as ideias no caderno.

- Explique aos estudantes que essas civilizações ainda desconheciam o conceito de Estado.
Leia a adaptação de uma definição elaborada por Friedrich Engels (1820-1895) em A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado:
"O Estado não é, de forma alguma, uma força imposta, do exterior, à sociedade. Não é, tampouco, 'a realidade da Ideia Moral', 'a imagem e a realidade da razão'. É um produto da sociedade numa certa fase de seu desenvolvimento. É a confissão de que essa sociedade se embaraçou numa insolúvel contradição interna, se dividiu em antagonismos inconciliáveis de que não pode desvencilhar-se. Mas, para que essas classes antagônicas, com interesses econômicos contrários, não se devorassem entre si e não devorassem a sociedade numa luta estéril, sentiu-se a necessidade de uma força que se colocasse aparentemente acima da sociedade (...).
Essa força, que sai da sociedade, ficando, porém, por cima dela e dela se afastando cada vez mais, é o Estado". Pergunte aos alunos o que eles entenderam (fica a sugestão para o professor adaptar a linguagem e citar exemplos concretos para auxiliar a construção do conhecimento e entendimento do aluno).

- Solicite a montagem de um mapa-múndi com as primeiras civilizações. Após desenhar numa cartolina o contorno dos territórios, eles podem colar figuras (retiradas de revistas e jornais) que representem os povos desses territórios.
- Peça a elaboração de um jogo de adivinhação. A classe se dividirá em grupos, cada um representando uma das civilizações. O grupo opositor elaborará perguntas que só podem ser respondidas com sim ou não. Ganha o grupo terá que adivinhar de qual civilização se trata.

Avaliação

Analise o desempenho na fase dos questionamentos e das explicações sobre o que aprenderam. Avalie também a clareza da exposição de ideias nos registros do caderno e a adequação do mapa-múndi. Nesse caso, o que vale é a criatividade. Durante o jogo de adivinhação, observe como eles interpretam as dicas.
                                                                                                                                                                 (adaptado do site da Revista Nova Escola)

segunda-feira, 14 de março de 2011

Os maiores terremotos da história

Aproveitando o assunto do momento, disponibilizo uma matéria a título de curiosidade histórica, onde o professor pode trabalhar o fenômeno físico, terremoto, e abordar como esse fenômeno pode mudar a história de um país e de sua população.  
Lembrando que para uma abordagem mais complexa e interdisciplinar, fica a dica de estabelecer uma parceria com o professor de Geografia.

    Os terremotos são difíceis de serem previstos, quando acontecem em questão de segundos deixam um rasto de destruição derivando prejuízos financeiros e vítimas humanas.

    Anualmente ocorrem cerca de 300 mil tremores em todo planeta, muitos deles não são percebidos. Esse fenômeno ocorre em diferentes intensidades e intervalos de tempo.
   
    Os serviços meteorológicos dos Estados Unidos e do Japão revisaram, nesta segunda-feira, para 9.0 a magnitude do tremor que atingiu a costa japonesa na última sexta-feira (11). Antes, os órgãos haviam informado que a magnitude era de 8.8. Com a revisão, o terremoto do Japão passa a ser o quarto maior desde o início do século 20 --quando as medições passaram a ser mais confiáveis-- ao lado do tremor que atingiu o leste da Rússia em 1952.

    Apesar de estar entre os mais intensos terremotos já registrados, a tragédia desta sexta-feira deve ficar muito longe dos tristes recordes de mortos por causa de tremores. Habituados com terremotos, os japoneses desenvolveram ao longo do século XX avançadas técnicas para enfrentar com o mínimo de danos os tremores. A última grande tragédia em número de mortos ocorreu em setembro 1923, quando 140 mil japoneses perderam suas vidas na planície de Kuwanto.

Veja abaixo a lista com os dez maiores terremotos da história desde 1900, com base nas magnitudes registradas.


Magnitude 9.5 - Chile, 1960
O tremor, ocorrido em 22 de maio de 1960, com epicentro no município de Valdívia, matou 2.000 pessoas e gerou um maremoto com ondas de até 10 metros. As ondas apagaram do mapa cidades inteiras na costa chilena e fizeram vítimas também em outros países banhados pelo Oceano Pacífico.

Magnitude 9.2 - Alaska (EUA), 1964
O abalo fez 15 vítimas fatais e gerou um tsunami que matou outras 128 pessoas em 28 de março de 1964. Seu epicentro foi na região de Prince William Sound, no sul do Alasca (EUA)

Magnitude 9.1 - Sumatra (Indonésia), 2004
A ilha de Sumatra, na Indonésia, registrou em 26 de dezembro de 2004 um terremoto de magnitude 9,1, com epicentro no mar, que causou um tsunami que matou 230 mil pessoas em 14 países da região. O tremor, que popularizou o termo tsunami, ocorreu a 30 km de profundidade no Oceano Índico e foi sentido até na costa leste da África.

Magnitude 9.0 - Japão, 2011
O terremoto --seguido por um tsunami-- que atingiu o Japão na última sexta-feira (11) alcançou magnitude 9.0, segundo os serviços geológicos do Japão e dos Estados Unidos. Antes, ambos os órgãos informaram que a magnitude havia sido de 8.8, mas revisaram o valor nesta segunda-feira. O terremoto, com epicentro no oceano Pacífico, a 400 km de Tóquio, a uma profundidade de 32 km, gerou ondas gigantes de 10 metros, que chegaram a uma velocidade de 800 km/h antes de atingir a costa japonesa.

Magnitude 9.0 - Rússia, 1952
Em 4 de novembro de 1952, um abalo de magnitude 9,0 na península de Kamchatka, extremo leste da Rússia, gerou ondas gigantes que chegaram até o Havaí, causando prejuízos financeiros de até US$ 1 milhão, mas nenhuma vítima fatal.

Magnitude 8.8 - Chile, 2010
Em 27 de fevereiro de 2010, um terremoto de magnitude de 8,8 atingiu o Chile matando mais de 800 pessoas e deixando cerca de 20 mil desabrigados. O epicentro foi o mar da região de Bío-Bío, a cerca de 320 km ao sul de Santiago.

Magnitude 8.8 - Equador, 1906
O tremor atingiu a costa do Equador, perto da fronteira com a Colômbia, em 31 de janeiro de 1906, e matou entre 500 e 1.500 pessoas. O abalo chegou a ser sentido em San Francisco (EUA) e no Japão.

Magnitude 8.7 - Alaska (EUA), 1965
Em 4 de fevereiro de 1965, um tremor de magnitude 8,7 atingiu as ilhas Rat, no Alasca (EUA), gerando um tsunami de cerca de 10 metros de altura na ilha de Shemya. Apesar disto, o abalo causou poucos danos.

Magnitude 8.7 - Sumatra (Indonésia), 2005
Três meses após o famoso tsunami, em 28 de março 2006, a ilha de Sumatra, na Indonésia, foi atingida novamente por outro tremor, dessa vez em terra, de magnitude 8.7. Cerca de 1.300 pessoas morreram.

Magnitude 8.6 - Tibete (China), 1950
Um terremoto de 8,6 graus causou a morte de mais de 1. 500 pessoas no Tibete e na província indiana de Assam, no nordeste do país.

Fontes: Serviço Geológico dos Estados Unidos e do Japão, BBC e agências AFP e EFE.
http://noticias.uol.com.br/internacional/listas/top-10---maiores-terremotos-da-historia.jhtm


Entretanto se considerarmos os grandes terremotos de toda a história que proprocionaram as maiores catastrofes para a humanidade, teremos a seguinte disposição:
    Tudo indica que o mais avassalador tenha sido o de Shensi, na China, no ano de 1556. Estamos falando de um tremendo chacoalhão em solo oriental que teria matado cerca de 830 mil pessoas. Apesar desse estrago, o terremoto de Shensi não foi o de maior magnitude. Especialistas estimam que ele atingiu 8,3 graus na escala Richter, que mede a quantidade de energia liberada em um tremor. É um valor altíssimo - terremotos que passam dos 8 graus costumam causar caos e morte em um raio de até 100 quilômetros de distância - mas não o maior já registrado - outras sacudidas já chegaram a 8,9 graus. Apesar disso, esses supertremores não fizeram tantas vítimas. Sabe por quê? Simples: eles aconteceram em lugares quase desabitados, como um grande abalo que sacudiu o Alasca em 1964. Por isso, na hora de organizar a lista dos maiores terremotos de todos os tempos, levamos em conta o número de mortos como critério principal. Como fonte, usamos o livro Earthquakes, do especialista em tremores Bruce Bolt. "Existem várias listas de terremotos, mas essa publicação é uma das mais confiáveis da sismologia, a área que estuda os tremores de terra", diz o geofísico Eder Cassola Molina, da Universidade de São Paulo (USP). Em geral, grandes desastres ocorrem quando as placas tectônicas se movem sob centros urbanos - e se as construções da cidade atingida forem pouco resistentes, o drama é ainda maior. As maiores tragédias aconteceram na Índia ou na China, formigueiros humanos com poucas construções adaptadas para os tremores.

1. Shensi, China, 1556 - 830 mil mortos
Na região central da China, a terra tremeu em 23 de janeiro de 1556 para produzir o pior desastre natural de que se tem notícia. O terremoto atingiu oito províncias e arrebentou 98 cidades - algumas delas perderam 60% da população. A maior parte das pessoas morreu soterrada na queda de casas mal construídas

2. Calcutá, Índia, 1737 - 300 mil mortos
Relatos de época indicam que essa catástrofe de 11 de outubro de 1737 tenha sido um terremoto. Mas, como na época não existiam registros 100% confiáveis, alguns especialistas levantam a hipótese de que o estrago foi causado por um ciclone. Além dos mortos, o cataclismo deixou 20 mil barcos à deriva na costa

3. Antioquia, Império Bizantino, 526 d.C - 250 mil mortos.

4. Tangshan, China, 1976 - 250 mil mortos
O tremor de 27 de julho de 1976 sacudiu o nordeste da China. A cidade toda dormia quando o chão mexeu, fazendo cerca de 800 mil feridos. Até hoje, especialistas suspeitam que o número de mortos possa ser muito maior que o divulgado pelo governo. Estima-se que o total de vítimas possa ter chegado a 650 mil.

5. Haiyvan, China, 1920 - 240 mil mortos.

6. Aleppo. Síria, 1138 - 230 mil mortos.

7. Kansu, China, 1920 - 200 mil mortos
Essa região situada no centro-norte do país não sentia um tremor havia 280 anos, mas esse de 16 de dezembro de 1920 botou para quebrar: atingiu uma área de 67 mil km2, arrasando dez cidades. A série de ondulações deformou a área rural e prejudicou uma das principais atividades econômicas da região, a agricultura.

8. Kwanto, Japão, 1923 - 143 mil mortos
O megatremor de 1º de setembro de 1923 atingiu as principais cidades do Japão. Só em Tóquio e Yokohama, mais de 60 mil pessoas morreram nos incêndios causados pelo abalo. Logo depois desse terremoto, a profundidade da baía de Sagami, no sul de Tóquio, aumentou mais de 250 metros em alguns pontos.

9. Messina, Itália, 1908 - 120 mil mortos
Em 28 de dezembro de 1908, o sul da Itália sofreu com um grande terremoto que devastou as regiões da Sicília e da Calábria. Para complicar ainda mais as coisas, o tremor foi seguido por tsunamis de até 12 metros de altura. A seqüência de enormes paredes de água quebrou na costa do país e amplificou os estragos.

10. Chihli, China, 1290 - 100 mil mortos
Quase não há registros sobre esse chacoalhão de 27 de setembro de 1290 - apenas a certeza de que ele foi um dos mais mortais da história. A província de Chihli, que teve seu nome mudado para Hopei em 1928, inclui a cidade de Tangshan e é famosa pelos terremotos, que já teriam vitimado mais de 1 milhão de pessoas.

11. Porto Príncipe, Haiti, 12.janeiro.2010 - aproximadamente 100 mil mortos.

(Extraído do texto de Suzana Paquete)

 

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

TRIBUTOS QUE HISTÓRIA É ESSA?

    O processo de arrecadação e distribuição tributária de um país nos remete a sua formação histórica e cultural. A maneira como o Estado foi estabelecido reflete diretamente na sua organização econômica, jurídica e social. Assim, como exemplo pode-se citar:
  • A maneira exploratória com a qual o Brasil foi colonizado ainda apresenta resquícios na atual organização tributária e orçamentária.
    O programa disponibilizado abaixo narra de forma bem-humorada a criação dos tributos sob a perspectiva histórica. Da pré-história aos dias atuais, o programa faz um resumo da história dos nossos impostos: Lideres de Tribos, Faraós, Reis, Imperadores, Presidentes. Como o dinheiro surgiu? Como eram as tributações? Para o que serviam os impostos? E como chegamos ao conceito de educação fiscal ligada a cidadania e democracia.

    Fica a sugestão de trabalhar o vídeo na íntegra com os alunos de 9º anos ou trabalhar trechos do vídeo com os demais anos, focando as relações sociais e financeiras e seu desenvolvimento ao longo das épocas.
   

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Pensando o papel da História e do professor / historiador

A abordagem do professor / historiador


   A sociedade atual encontra-se em profunda crise moral que nos remete a pensar nossos valores e atitudes. Nesse contexto incerto, o papel do professor é fundamental, por isso novos recursos e atitudes didático-pedagógicos necessitam ser pensados. O professor de História pode ascender à sociedade usando o ensino como instrumento de luta e transformação social, levando os alunos a uma consciência crítica que supere o senso comum para que possam não somente ver os acontecimentos, mas enxergá-los de maneira mais crítica e reflexiva.

   A partir da analise de textos historiográficos podemos perceber que o historiador tem o papel fundamental na formação da história enquanto ciência; porque é ele que busca e traz à tona a "realidade ou a verdade histórica"; porém nota-se que tal fato histórico, não se destaca por si próprio, dependendo da ação do historiador para valorizá-lo e organizá-lo.

   Assim fica claro que o professor/historiador é uma peça motriz no motor da história; ele tem o poder de classificar um fato, seja ele grandioso ou pequeno com o mesmo grau de importância o qual colocam em evidência a subjetividade e a parcialidade. Portanto, o historiador, em meio ao processo e evolução os métodos históricos, deve ficar atento ao iniciar sua pesquisa, pois os fatos históricos não mudam, o que sofre mutações é a interpretação; no entanto nós como historiadores devemos analisar, o discurso que está escondido por trás de um fato e a partir deste ponto, trabalhar a sua objetividade buscando resposta em varias fontes, explorando os diversos recursos que podemos utilizar.

   Os professores de História devem reorganizar novas maneiras de se estudar a história e ensinar, fazendo com que o aluno não complete o edifício do conhecimento como algo já pronto, mas sim ensinar-lhes a construir seu próprio edifício. O aluno ou a criança deve ser estimulada a edificar seu próprio ponto de vista, o que não significa ensinar soluções, nem significa dar explicações sobre como e por que se chegou a uma determinada conclusão. Ensinar a construir o próprio ponto de vista, significa colaborar para que o aluno construa conceitos e aplique-os nas situações do cotidiano, significa ensinar a solucionar, relacionar, interpretar as informações sobre o momento estudado para se chegar a um maior nível de entendimento do mundo. Significa por fim, dar-lhes condições para que possam perceber-se o máximo possível como cidadãos detentores de direitos e deveres membros de uma sociedade. É papel social do professor de História munir os alunos de instrumentos para libertação.

(Texto adaptado de “A função do historiador” de Dhiogo José Caetano e “O papel social do professor-historiador” de Thiago Luiz M. de Oliveira).

   Para a abordagem com os alunos, elucidando e desmistificando o papel do historiador e da própria História fica a sugestão do filme “Deu a louca na chapeuzinho”, onde a história é contada em diferentes versões pelos personagens, sendo investigada e averiguada de modo imparcial para que se encontre a veracidade dos fatos.

   Assim, fica a sugestão para o professor / historiador em contextualizar o filme e iniciar seu trabalho alertando seus alunos sobre a importância da disciplina que estão estudando.
 
Trecho do filme citado:

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Avaliação Diagnóstica

I. Avaliação Diagnóstica

Os três tipos de avaliação

Marcelo Akira Inuzuka

Para poder falar sobre avaliação, é importante saber classificá-las. Bloom et. all [2] classifica as avaliações em três tipos:

1. Avaliação Diagnóstica

Geralmente é realizada inicialmente pelo educador para diagnosticar os pontos fracos e fortes do aluno na área de conhecimento em que se desenvolverá o processo de ensino-aprendizagem. O processo de ensino é um processo de construção de conhecimento e diagnosticar no início é como verificar se “a fundação da casa está boa para se iniciar a construção”, ou seja, se o aluno domina todos os pré-requisitos. Por exemplo, antes de ensinar as operações de multiplicação, é interessante saber se aluno domina bem o processo de soma. Assim, o resultado da avaliação diagnóstica pode apontar uma necessidade de revisão de um assunto que servirá de base para os seguintes, que poderá ser trabalhado individualmente ou coletivamente.

2. Avaliação Formativa

A avaliação formativa é geralmente realizada durante todo o processo de ensino-aprendizagem. É melhor aproveitada quando o resultado (feedback) é rapidamente fornecido para os alunos, permitindo que possam corrigir eventuais erros de interpretação do conteúdo ensinado. É um termômetro para o professor e o aluno saberem como o aprendizado está sendo desenvolvido, bem ou mal, permitindo que o aluno se recupere agilmente. Acontece no dia-a-dia da sala de aula, durante as atividades desenvolvidas pelo professor durante o processo ensino-aprendizagem.

3. Avaliação Somativa

Geralmente é realizada no final de um curso e é conhecida como 'prova', ou seja, serve para classificar se o aluno 'passou' ou não. Pela obrigatoriedade dos professores fornecerem 'notas', é a que é mais aplicada no ensino tradicional.

Função da avaliação diagnóstica

A avaliação diagnóstica possui uma importância elevada no processo de ensino-aprendizagem. Luckesi [14] argumenta que a avaliação deve ser diagnóstica, voltada para autocompreensão e participatipação do aluno.

Luckesi defende que a avaliação deva ser um instrumento auxiliar de aprendizagem (mais diagnóstica) e não para aprovação/reprovação de alunos (menos somativa): "...que (a avaliação) ela seja um instrumento auxiliar da aprendizagem e não um instrumento de aprovação ou reprovação dos alunos... Este é o princípio básico e fundamental para que ela venha a ser diagnóstica. Assim como é constitutivo do diagnóstico médico estar preocupado com a melhoria de saúde do paciente, também é constitutivo da avaliação da aprendizagem estar atentamente preocupada com o crescimento do educando. Caso contrário, nunca será diagnóstica".

Outro aspecto interessante é sobre a idéia de Luckesi da função da avaliação, como instrumento de autocompreensão do professor, aluno e sistema de ensino, permitindo descobrir os desvios:
"No que se refere à proposição da avaliação e suas funções, há que se pensar na avaliação como um instrumento de diagnóstico para o avanço e, para tanto, ele terá as funções de autocompreensão do sistema de ensino, do professor e do aluno... O professor, na medida em que está atento ao andamento dos seus alunos, poderá, através da avaliação da aprendizagem, verificar o quanto o seu trabalho está sendo eficiente, e que desvios está tendo. O aluno, por sua vez, poderá estar permanentemente descobrindo em que nível de aprendizagem se encontra, dentro de sua atividade escolar, adquirindo consciência do seu limite e das necessidades de avanço."

Luckesi também acrescenta que para a avaliação funcionar como ferramenta de autocompreensão, deve ter um caráter participativo:
"Para que a avaliação funcione para os alunos como um meio de autocompreensão, importa que tenha, também, o caráter de uma avaliação participativa. Por participativo, aqui, não estamos entendendo o espontaneísmo de certas condutas auto-avaliativas, mas sim a conduta segundo a qual o professor, a partir dos instrumentos adequados de avaliação, discute com os alunos o estado de aprendizagem que atingiram."

Concluindo, Luckesi defende que a avaliação diagnóstica possui elevado valor didático, uma vez que permite uma correção de rumos do sistema de ensino, do professor e do aluno, durante o processo de ensino-aprendizagem por meio da autocompreensão, e que para que esta ocorra, deve ser participativa, através de diálogo adequado com os alunos.

O produto esperado da avaliação diagnóstica é a detecção de problemas, procurando indentificar causas e apontar soluções. Este processo deve ser realizado antes e durante todo o processo de ensino-aprendizagem, não no final, onde já não há mais tempo hábil para que se apliquem as devidas correções.

Logo, percebe-se que a avaliação diagnóstica ou formativa gera um esforço maior do professor; este precisa conhecer a deficiência específica de cada aluno, de forma individualizada, autocompreensiva e participativa.

É então necessário reavaliar o processo de avaliação, aplicando avaliações diagnósticas em momentos estratégicos, e a partir da detecção de 'doenças' aplicar o 'remédio', mesmo que amargo. Somente assim é que podemos saudavelmente desenvolver um bom nível de educação.

Aplicando avaliações diagnósticas

Como foi dito aplicação de avaliações diagnósticas pode ser tanto no início ou durante um curso e tem várias formas de aplicação. Vamos apresentar alguns casos para que tornemos sua utilização mais clara.
Segundo Tarouco [33], a Avaliação Diagnóstica pode ser utilizada para realizar encaminhamentos ou reforço escolar para que o aluno resolva seus problemas juntamente com especialistas como psicólogos, orientadores educacionais, entre outros:
"...ocorre em dois momentos diferentes: antes e durante o processo de instrução; no primeiro momento, tem por funções: verificar se o aluno possui determinadas habilidades básicas, determinar que objetivos de um curso já foram dominados pelo aluno, agrupar alunos conforme suas características, encaminhar alunos a estratégias e programas alternativos de ensino; no segundo momento, buscar a identificação das causas não pedagógicas dos repetidos fracassos de aprendizagem, promovendo, inclusive quando necessário, o encaminhamento do aluno a outros especialistas (psicólogos, orientadores educacionais, entre outros)."

Por outro lado, Swearingen [32], explica que a avaliação diagnóstica é utilizada para determinar a necessidade de reestudo:

"Na prática, o propósito da avaliação diagnóstica é para medir, antes do processo de ensino, cada deficiência, competência, fraqueza, conhecimentos e habilidades. Possuindo tais dados, isto permitirá que o professor oriente seus alunos e ajustem o curriculum para suprir cada necessidade individual...

A importância de cada tipo de avaliação

Os tipos de avaliações não são excludentes entre si. Uma avaliação pode ter características diagnósticas, formativas e/ou somativas ao mesmo tempo, servindo para dois objetivos simultaneamente.

Um bom processo de ensino-aprendizagem consiste em um ciclo iterativo em que se diagnostica, forma, classifica e diagnostica novamente. Geralmente, um educador que negligencia um ou outro tipo de avaliação provavelmente não deve colher bons resultados.

Caso o professor não tenha diagnosticado no início, pode cometer o erro de tentar ensinar algo que o aluno não é capaz de aprender, por falta de conhecimentos básicos para construir seu conhecimento.

Texto adaptado por Marina Pereira Reis,http://wiki.sintectus.com/bin/view/EaD/AvaliacaoDiagnostica - acessado em 16/fev/2011.

Outras fontes:




Sugestão de leitura: Cipriano Carlos Luckesi, Avaliação da aprendizagem escolar, Cortez Editora.


II. Estratégias

Sugestão de leitura: Antoni Zabala, A prática educativa – como ensinar, Artmed Editora.
Meus Caros,


Retornamos com as atividades do blog de História, esperando que o ano de 2011 possa ser muito proveitoso e próspero.
Novamente reforço que este espaço é um canal para trocarmos experiências e tratar de assuntos relacionados a História. Sendo assim, fiquem a vontade em contribuir com seus relatos e/ou textos sobre temas afins.
Para iniciar disponibilizo sugestões de estratégias para o desenvolvimento do Plano de Aula.

Estratégias:

- Leitura dirigida (do texto..., do livro...);

- Exercícios orais, escritos, abordando o tema proposto;

- Cruzadinha sobre o tema da aula;

- Caça-palavra sobre o tema da aula;

- Coleta de dados sobre através de pesquisas, entrevistas, leituras, etc.;

- Observação e análise de gravuras, imagens, fotos...;

- Pesquisas de temas dirigidos;

- Questionário sobre o tema da aula;

- Recorte e colagem de exemplos de do assunto abordado;

- Atividades lúdicas abordando o tema proposto;

- Entrevista sobre a temática abordada;

- Confecções de cartazes para elucidar a proposta da aula;

- Trabalhar músicas analisando o contexto proposto;

- Elaboração de síntese;

- Utilização do vídeo “...” para abordar ou para exemplificar o tema;

- Utilização de jogos educativos;

- Realização de atividades individuais e em grupos;

-Leitura e interpretação de textos;

- Leitura e interpretação de mapas.